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  • Equipe da Biblioteca Annibal Martins Ferreira

Escritores da Região dos Lagos - Tatiana Viegas

Nossa escritora apresentada de hoje é a ilustre Tatiana Viegas! Mais conhecida como Menina Valente!


A Menina Valente é carioca, professora de Educação Física, bailarina e especialista em Alongamento Dinâmico. Formou-se Comissária de Voo pela Varig em 1991, onde ficou até o fim. Trabalhou na Gol por 6 anos e em 2011 veio para Costa do Sol voar Offshore. Apaixonou-se por Cabo Frio, onde fez morada. Assim, teve na poesia, a expressão das inspirações, o encontro com a autoestima, a cura dos desalentos e a certeza de autosuperação. Segue com força, fé e elegância escrevendo seus versos nas nuvens.




5° Verso, Quintal dos Sentidos


Um olhar de mergulhar

Um gesto à reativar

Um gosto à recordar

Um cheiro à lembrar

Um jeito swell

De sal, de sol, de mar

5 sentidos afinal

Voo no quintal

Entre a nudez da alma

Cores vivas insanas

Caminho no quintal


Entre brisa das ausências

E o desejo irracional

Transito no quintal

Entre o tempo de lembranças

O acaso de esperanças

Sigo horizonte atemporal

E assim me alimento da pureza

Do verdadeiro, intenso e do leal

Sorria, floresço em seu quintal


Menina Valente



Reflexão sobre o Sentir


Nego-me a submeter-me ao medo...

Que pode me sugar a alegria da liberdade,

Que me enfraquece e tira a coragem de arriscar,

de sonhar,

que me torna pequena e mesquinha.

Não me permito amarras.

O medo atua a não me deixar ser direta,

Não vou me perder te ti,


Vamos seguir vivos, saudáveis, em sintonia.

Vou expulsar qualquer sombra que ameace encobrir a luz que nos trouxe a capacidade de nos amar.

As ameaças tentam ocupar negativamente minha imaginação

com visões sombrias...

Não levantarei barricadas por medo do medo.

Eu quero caminhar ao teu


lado, e não vou encerrar-me em negatividades.

Não serei amigável por ter receio de ser sincera... Quero pisar firme porque, embora poeta, caminho de pés no chão e tenho consciência a despeito do tempo precioso e do que pretendo para velhice.

Sim, velhice...

Sim, isso não é um convite.

Pode parecer muito distante, não obstante,


dá sinais contundentes de que a ampulheta está virada no desequilíbrio com a juventude.

E a pulseira de VIP já está no punho que pulsa diariamente a frequência da mão que quer alcançar.

Quando me calo, quero fazê-lo por amor e não por temor às consequências de minhas palavras.

Não vou acreditar em algo


só pelo medo de não crer na superação.

Não vou filosofar por medo que algo possa atingir-me de perto.

Não vou conjecturar por medo que você desapareça.

Apesar de sentir me insegura quando o

vejo com desejo de sumir devido as condições do cotidiano.

A lucidez me ancora a espiritualidade e me sacode


no instante seguinte, quando você fala e reafirma a impossibilidade momentânea de estarmos juntos fisicamente.

Forte, deixa claro o desejo de unidade.

Por conseguinte, me emociono, olhos marejados, voz embargada sem força pra gritar o quanto quero que tudo isso passe...

Em silêncio, percebo o quanto ainda me fragilizo


com a impermanência, com a impotência diante do destino.

Não quero dobrar-me só porque não tenho medo de NÃO ser amável.

Não quero impor algo aos outros pelo receio de que possam impor-me algo em reciprocidade.

Não serei inativa em fugir para o velho, para o inaceitável, vou recobrar


meu estado equilíbrio e de fé no Novo...

Não vou fazer-me de importante, sei que o sou para ti, porém há horas, poucas, bem poucas,

que me exaspera a sensação de poder ser ignorada, esquecida, perdida de ti...

Por convicção e amor, quero fazer o que faço e deixar de fazer, o que deixo de fazer!

Do medo vou arrancar o


domínio e dá-lo ao amor...

E quero crer no reino que existe em nós.

Um dia, no tempo certo, no tempo do tempo, estaremos felizes não só unidos em sintonia, mas, juntos para viver.

Para viver!

Quero crer!


Menina Valente



Singela Inspiração


Esse impulso apaixonado

Que transforma dor em passo

Riso em laço

Frente a todo e qualquer descompasso

Faz o desejo de ser feliz palpitar

Superar


Quando a ilusão


desavergonhada

Se desfaz em lucidez assimilada

A força interior desassossegada

Impulsiona a recriação


Essa condição resiliente

Inquietude procedente

Chama-se dignidade

Mistura apaixonada de amor próprio e razão


A capacidade de


experimentação

A de ser o fruto de singela inspiração


E se a decepção lhe fizer careta

Atravesse distraidamente a impermanência

Usufrua da maturidade e da paciência

Vislumbre nova silhueta

Dê uma bela pirueta

Inspire esperança

Transpire dança


Emane poesia


Menina Valente




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E-mail: quintasintencoes.contato@gmail.com

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