Escritores da Região dos Lagos - Tatiana Viegas
- Equipe da Biblioteca Annibal Martins Ferreira
- 19 de abr. de 2021
- 3 min de leitura
Nossa escritora apresentada de hoje é a ilustre Tatiana Viegas! Mais conhecida como Menina Valente!
A Menina Valente é carioca, professora de Educação Física, bailarina e especialista em Alongamento Dinâmico. Formou-se Comissária de Voo pela Varig em 1991, onde ficou até o fim. Trabalhou na Gol por 6 anos e em 2011 veio para Costa do Sol voar Offshore. Apaixonou-se por Cabo Frio, onde fez morada. Assim, teve na poesia, a expressão das inspirações, o encontro com a autoestima, a cura dos desalentos e a certeza de autosuperação. Segue com força, fé e elegância escrevendo seus versos nas nuvens.

5° Verso, Quintal dos Sentidos
Um olhar de mergulhar
Um gesto à reativar
Um gosto à recordar
Um cheiro à lembrar
Um jeito swell
De sal, de sol, de mar
5 sentidos afinal
Voo no quintal
Entre a nudez da alma
Cores vivas insanas
Caminho no quintal
Entre brisa das ausências
E o desejo irracional
Transito no quintal
Entre o tempo de lembranças
O acaso de esperanças
Sigo horizonte atemporal
E assim me alimento da pureza
Do verdadeiro, intenso e do leal
Sorria, floresço em seu quintal
Menina Valente
Reflexão sobre o Sentir
Nego-me a submeter-me ao medo...
Que pode me sugar a alegria da liberdade,
Que me enfraquece e tira a coragem de arriscar,
de sonhar,
que me torna pequena e mesquinha.
Não me permito amarras.
O medo atua a não me deixar ser direta,
Não vou me perder te ti,
Vamos seguir vivos, saudáveis, em sintonia.
Vou expulsar qualquer sombra que ameace encobrir a luz que nos trouxe a capacidade de nos amar.
As ameaças tentam ocupar negativamente minha imaginação
com visões sombrias...
Não levantarei barricadas por medo do medo.
Eu quero caminhar ao teu
lado, e não vou encerrar-me em negatividades.
Não serei amigável por ter receio de ser sincera... Quero pisar firme porque, embora poeta, caminho de pés no chão e tenho consciência a despeito do tempo precioso e do que pretendo para velhice.
Sim, velhice...
Sim, isso não é um convite.
Pode parecer muito distante, não obstante,
dá sinais contundentes de que a ampulheta está virada no desequilíbrio com a juventude.
E a pulseira de VIP já está no punho que pulsa diariamente a frequência da mão que quer alcançar.
Quando me calo, quero fazê-lo por amor e não por temor às consequências de minhas palavras.
Não vou acreditar em algo
só pelo medo de não crer na superação.
Não vou filosofar por medo que algo possa atingir-me de perto.
Não vou conjecturar por medo que você desapareça.
Apesar de sentir me insegura quando o
vejo com desejo de sumir devido as condições do cotidiano.
A lucidez me ancora a espiritualidade e me sacode
no instante seguinte, quando você fala e reafirma a impossibilidade momentânea de estarmos juntos fisicamente.
Forte, deixa claro o desejo de unidade.
Por conseguinte, me emociono, olhos marejados, voz embargada sem força pra gritar o quanto quero que tudo isso passe...
Em silêncio, percebo o quanto ainda me fragilizo
com a impermanência, com a impotência diante do destino.
Não quero dobrar-me só porque não tenho medo de NÃO ser amável.
Não quero impor algo aos outros pelo receio de que possam impor-me algo em reciprocidade.
Não serei inativa em fugir para o velho, para o inaceitável, vou recobrar
meu estado equilíbrio e de fé no Novo...
Não vou fazer-me de importante, sei que o sou para ti, porém há horas, poucas, bem poucas,
que me exaspera a sensação de poder ser ignorada, esquecida, perdida de ti...
Por convicção e amor, quero fazer o que faço e deixar de fazer, o que deixo de fazer!
Do medo vou arrancar o
domínio e dá-lo ao amor...
E quero crer no reino que existe em nós.
Um dia, no tempo certo, no tempo do tempo, estaremos felizes não só unidos em sintonia, mas, juntos para viver.
Para viver!
Quero crer!
Menina Valente
Singela Inspiração
Esse impulso apaixonado
Que transforma dor em passo
Riso em laço
Frente a todo e qualquer descompasso
Faz o desejo de ser feliz palpitar
Superar
Quando a ilusão
desavergonhada
Se desfaz em lucidez assimilada
A força interior desassossegada
Impulsiona a recriação
Essa condição resiliente
Inquietude procedente
Chama-se dignidade
Mistura apaixonada de amor próprio e razão
A capacidade de
experimentação
A de ser o fruto de singela inspiração
E se a decepção lhe fizer careta
Atravesse distraidamente a impermanência
Usufrua da maturidade e da paciência
Vislumbre nova silhueta
Dê uma bela pirueta
Inspire esperança
Transpire dança
Emane poesia
Menina Valente
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